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Pontilhismo

Nossa inspiração de hoje é Georges-Pierre Seurat, um importante pintor francês do final do século XIX.  Seurat nasceu em Paris em 1859 e frequentou a Escola de Belas-Artes. Se preocupava com o estudo científico das cores, além de buscar maneiras de pintar linhas harmoniosas.

Sofreu influência de Michel Eugène Chevreul, que estudava ótica e cores,  especialmente a divisão da luz em cores primárias (vermelho, amarelo e azul). Esse estudo acabou se tornando a base do estilo de pintura de Seurat, que ficou conhecido como pontilhismo ou divisionismo.

Seurat pintava minúsculos pontos de cores primárias bem próximos uns dos outros sobre um fundo branco. Vistos a uma certa distância, os pontos se fundem na visão do espectador, levando à percepção de outras cores.


Uma Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte, (1884).

Uma Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte - (frUn dimanche après-midi à l'Île de la Grande Jatte) - é uma pintura a óleo considerada a sua obra de maior destaque, realizada em 1884.
A Grande Jatte é uma ilha que se encontra no meio do rio Sena. A atração que Seurat sentia pelo local devia-se, primeiramente, à sua localização privilegiada, que permitia visualizar de diversos ângulos alguns bairros da cidade de Paris. Na época desta pintura, a Grande Jatte era uma área de lazer bastante frequentada por pessoas de diferentes grupos sociais, que vinham a Paris em barcos a vapor passar as tardes de domingo.

A escolha deste tema por Seurat dá continuidade ao trabalho dos impressionistas em retratar as áreas de lazer e a vida contemporânea de Paris. As poses rígidas das figuras humanas e a grande dimensão da obra dão um ar monumental a uma cena do cotidiano burguês. Antes de pintar a tela, Seurat realizou cerca de 23 esboços e 38 telas preliminares. Durante seis meses, foi todos os dias à Ilha, pintando a paisagem nos dias de menor movimento e as pessoas nos fins de semana e feriados.


O Circo, (1891)

A obra O Circo, encontra-se no Museu d'Orsay - Paris - França. Foi pintado em 1891, ano da morte de Seurat, que por isso deixou-a inacabada. 

Vemos o quadro do lado oposto ao da plateia, percebendo apenas de relance os rostos borrados dos artistas que rapidamente passam à nossa frente, como a imagem de uma câmera ao registrar objetos em movimento. Seurat captou o instante exato em que a plateia do circo observa espantada a bailarina se desequilibrar na garupa do pônei, enquanto salta. A energia e o dinamismo da cena contrastam com a imobilidade da plateia.

Seurat queria reproduzir as cores do jeito que elas aparecem na natureza, o que já havia sido tentado por artistas de gerações anteriores. É o nosso olhar que mistura as cores. Se você ficou curioso com essa técnica, conheça outras obras deste artista!

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